Produtores de café investem no preparo do solo para tirar proveito do bom cenário mundial para o produto

Com uma perspectiva de aumento de 5,5% na safra do café em 2024, com relação ao ano anterior, de acordo com a Central Nacional de Abastecimento – Conab, as informações sobre um cenário mundial atribulado não poderiam vir em melhor hora para o produtor brasileiro. O Brasil é atualmente o maior produtor da espécie arábica e o segundo produtor mundial da espécie robusta, ficando atrás apenas do Vietnã.

Com uma colheita menor do café no Vietnã e os conflitos no Mar Vermelho, que interferem no transporte marítimo, os compradores internacionais já estão recorrendo ao café nacional. Prova disso é que, pela primeira vez na história, o preço do café conilon do Espírito Santo superou a marca de R$ 1 mil a saca de 60 kg, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea.

Para aproveitar o cenário e conseguir o aumento na produtividade, o produtor deve investir no uso de ferticorretivos, que atuam em duas vertentes: na correção do solo, com a neutralização do Alumínio (Al) e na nutrição, com Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) de pronta assimilação. O engenheiro agrônomo da Agrolitá, Maurício Casagrande explica que “o Mg combinado ao Nitrogênio (N) aumenta a produção de clorofila, garantindo que a folha fique verde por mais tempo e todos os nutrientes sejam distribuídos pela planta e, consequentemente, cheguem ao fruto”. 

Um dos produtores que está satisfeito diante do cenário mundial é Marcel Reis Naves, de Carmo da Cachoeira, no sul de Minas Gerais, animado com a boa colheita e os preços em disparada. Após constatar, em outubro do ano passado, que o solo apresentava deficiência nutricional, Marcel fez uso Naturalle, ferticorretivo da Agrolitá e conseguiu uma boa produção. “Quando a gente iniciou a análise do solo, o nível do Magnésio (Mg) estava em 3%, quando o normal é 13%. Ficamos muito preocupados, porque o Mg é o que faz rodar a produtividade. Fizemos a aplicação e apenas um mês depois, o solo já apresentava um nível de Mg satisfatório para garantir uma produção saudável”, explica Marcel.

Com o fim da colheita do café, que deve acontecer até meados de agosto, novamente será necessário fazer a correção e a nutrição do solo. Maurício Casagrande, da Agrolitá, explica que os ferticorretivos proporcionam o aumento da florada, melhora na coloração da folha e maturação uniforme dos grãos do café. “Os ferticorretivos apresentam uma vantagem extra, pois além da nutrição, também atuam como corretivo de solo, promovendo o equilíbrio do pH”. 

Sobre a Agrolitá: A Agrolitá é uma marca da Caltec, responsável pelo desenvolvimento e comercialização de uma a linha de fertilizantes [CR5] voltados ao hortifruti. Criada para atender ao setor de HF, um público exigente que precisa de resposta rápida em suas culturas, oferece produtos de fácil aplicação, alto escoamento e resultados imediatos. Com mais de 75 anos de história, a Caltec é líder no fornecimento de magnésio reativo para indústrias e agronegócios. Mais informações em http://agrolita.com.br/

Foto: Divulgação

Morre a deputada federal Amália Barros

A deputada federal Amália Barros (PL-MT) morreu aos 39 anos, em decorrência de complicações após procedimento cirúrgico. Amália estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, quando realizou uma cirurgia para a retirada de um nódulo no pâncreas.

No sábado (11), por volta das 17h, a equipe de Amália divulgou uma nota informando que ela passaria por nova cirurgia para tratar complicações no fígado. Na madrugada deste domingo (12), publicaram um novo comunicado sobre o falecimento da deputada. Na última quinta-feira (9), a parlamentar já havia passado por um procedimento adicional de radiointervenção e ficou em estado grave.

Trajetória

Amália foi eleita deputada federal em Mato Grosso, em 2022. Ela ainda era vice-presidente do PL Mulher nacional e chegou a participar de comissões dos Direitos da Mulher, da Educação na Câmara dos Deputados, e da Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A parlamentar não tinha o olho esquerdo, que perdeu aos 20 anos devido a uma toxoplasmose.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Chuvas no RS: enchentes afetam milhares de animais da pecuária

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul causaram estragos no setor pecuário da região, impactando milhares de bovinos, suínos e aves criadas para consumo. As enchentes tiveram consequências diretas nos animais, com centenas sendo arrastados pela correnteza ou se afogando em galpões inundados.

Mesmo em regiões menos afetadas pelas chuvas, milhares agora enfrentam o risco de falta de alimento e outros problemas ocasionados por bloqueios nas rodovias, danos de infraestrutura, interrupções no abastecimento de água, falta de funcionários e paralisação dos abates. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou que ao menos 10 unidades produtoras de carne de aves e suínos estão paralisadas ou com dificuldades extremas de operar e podem levar mais de 30 dias para se normalizar.

“Em tragédias como a enfrentada pelo Rio Grande do Sul, nos preocupa que os animais na pecuária sejam vistos apenas como um prejuízo comercial e não como milhares de vidas em sofrimento. Esses animais também sentem medo, fome e a escala do impacto é assustadora — algumas das regiões mais impactadas são grandes produtoras agropecuárias, como o Vale do Taquari, que abate quase 2 milhões de porcos por ano. Só na cidade de Nova Bréscia são quase 2 mil frangos por habitante”, aponta Cristina Diniz, diretora da ONG Sinergia Animal no Brasil.

Em uma granja em Harmonia, no Vale do Caí, dezenas de frangos morreram afogados. Já no município de Triunfo, a água chegou na altura do pescoço dos bovinos. Em entrevista ao Globo Rural, uma empresa contratada para resgatar animais de 80 produtores rurais relatou que muitos estavam em galpões fechados e acabaram falecendo antes de serem socorridos. Em três dias, a empresa conseguiu resgatar mais de 500 bois na região.

O número ainda é proporcionalmente baixo. Com os esforços focados na população e, quando há atenção aos animais, majoritariamente cães e gatos, as espécies criadas para consumo acabam não sendo priorizadas. O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de carne do país. De acordo com o IBGE, o estado acumula um rebanho de quase 12 milhões de bovinos, 573 mil de porcos e 22 milhões de galináceos.

“Grande parte dos animais na pecuária são criados em altas concentrações e são impossibilitados de fugir ou de buscar abrigo em áreas mais elevadas, como fariam na natureza. Eles não têm opção. Ficam presos em galpões ou até mesmo em gaiolas individuais, como é o caso das porcas gestantes e de centenas de bezerros na indústria do leite. Em caso de enchente, esses animais podem agonizar por horas ou até dias antes de se afogar”, lamenta a bióloga especialista em bem-estar animal, Patricia Tatemoto.

Búfalos e porcos arrastados pela água

Mesmo em criações extensivas as chuvas fortes têm gerado problemas. Nas redondezas de Porto Alegre, os moradores se surpreenderam com búfalos correndo pela cidade. Cerca de 200 animais de uma fazenda na ilha do Lage, no rio Jacuí, foram levados pela correnteza e arrastados por mais 20 quilômetros.

No Vale do Taquari, diversas imagens gravadas por moradores de Roca Sales mostram dezenas de porcos vitimizados pela enchente ao longo de uma estrada rural. A cidade registrou cenas semelhantes a menos de um ano, em setembro de 2023, após a passagem de um ciclone — na época, viralizou nas redes sociais um vídeo com porcos tentando desesperadamente se abrigar em cima de um telhado.

“É preciso urgentemente estabelecer planos de contingência eficazes e que incluam esses animais. O sistema de produção industrial vem intensificando a reprodução e criando rebanhos cada vez maiores, em condições não naturais. O setor pecuário é responsável por essas vidas e deve garantir a sua segurança e condições mínimas de bem-estar em caso de desastres naturais”, argumenta Diniz.

No início do ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o aumento de ocorrências climáticas extremas, agravadas também pela pecuária industrial, e o seu impacto em países do Sul Global.

Falta de alimentos, infraestrutura e paralisação nos abates

Além das consequências diretas, a chuva também está causando problemas logísticos e de infraestrutura que podem impactar o bem-estar de milhares de animais. Inclusive em regiões menos impactadas pela chuva, que dependem das rodovias e de outras cidades para suas operações.

Com os bloqueios nas estradas, a principal preocupação é a instabilidade no fornecimento de ração e no transporte de animais, assim como funcionários. A situação é agravada pela paralisação dos abates. Em São Sebastião do Caí, o frigorífico Agrosul Agroavícola teve que suspender as operações por não conseguir trazer funcionários, nem transportar animais vivos ou escoar a carne já produzida. A planta abate 100 mil aves por dia e recebe animais de 90 municípios gaúchos.

“A pecuária industrial opera em grande escala, mesmo um ou poucos dias sem abates podem criar um efeito dominó com consequências terríveis para o bem-estar de animais — que já vivem em condições intensas. É um modelo insustentável. O volume de animais que aguardam processamento pode sobrecarregar rapidamente a capacidade limitada das instalações onde são criados, podendo levar à superlotação, ao aumento dos níveis de estresse e do risco de lesões ou mesmo de transmissão de doenças”, explica a especialista em bem-estar animal.

Granja de suínos em Rodeio Bonito – RS (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Chuvas no RS: prejuízo para a agricultura já é de R$ 560 milhões*

As recentes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul já deixaram um rastro de prejuízos estimado em R$ 423,8 milhões para a agricultura. É o que revela um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O estudo mostra que o setor agrícola é o mais impactado, seguido pela pecuária, com perdas de R$ 83 milhões, e pela indústria, registrando prejuízos na ordem de R$ 57,3 milhões. Esses números, no entanto, referem-se apenas a 25 municípios que conseguiram cadastrar informações no sistema do Ministério da Integração.

A CNM alerta que esses valores podem crescer exponencialmente à medida que as águas baixarem e os gestores locais conseguirem contabilizar os danos de forma mais precisa. Enquanto os esforços continuam voltados para preservar vidas e mitigar os impactos imediatos das enchentes, a expectativa é de que os prejuízos totais superem as atuais projeções.

Os números preocupam o produtor que terá que lidar com as repercussões do clima em suas plantações. Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro, empresa que se dedica a ajudar produtores a obter benefícios diante das perdas, destaca a importância de estar preparado para enfrentar tais desafios. “Agricultura é uma atividade cheia de riscos e mesmo que se tome todos os cuidados necessários, as condições climáticas podem resultar em grandes prejuízos”, afirma Alves. Ele enfatiza, a importância de os produtores estarem conscientes de seus direitos e saberem como documentar os danos provocados por eventos climáticos extremos.

Como comprovar os prejuízos

Segundo o especialista, para obter o benefício de frustração de safra relacionado ao crédito rural, o produtor precisa seguir uma série de procedimentos que comprovem tanto a causa quanto as perdas da colheita. Entre as medidas recomendadas estão a confirmação da razão da frustração da safra, que inclui a coleta de materiais publicados em notícias sobre problemas climáticos na região, além dos decretos de calamidade eventualmente emitidos pelo Poder Executivo Municipal.

Outro ponto relevante é a comprovação das perdas da safra. Alves propõe diversas ações, como capturar fotos e vídeos diários da propriedade rural e da plantação, requisitar imagens de satélite que evidenciem as áreas afetadas, elaborar laudos minuciosos sobre as perdas em conjunto com um responsável técnico, entre outras etapas.

“É importante que o produtor esteja bem documentado e acompanhe de perto todo o processo de comprovação das perdas”, destaca Alves. Ele ressalta a relevância de submeter as provas diretamente às instituições financeiras, acompanhadas de uma solicitação de prorrogação dos empréstimos rurais antes do vencimento, embasada em um plano de pagamento realista e na capacidade financeira do produtor.

ATUALIZAÇÃO: A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acompanha com muita tristeza a tragédia enfrentada pela população do Rio Grande do Sul e lamenta profundamente que os municípios de todo o Brasil sofram cotidianamente com desastres de toda natureza que levam a perdas de vidas, moradias, comércio local, indústria, agricultura, entre outros danos irreparáveis. Destaca-se que apenas entre os dias 29 abril e o último domingo, 05 de maio, as tempestades que estão assolando o Rio Grande do Sul já causaram mais de R$ 559,8 milhões em prejuízos financeiros. Esse montante, porém, se refere apenas aos danos já levantados e disponibilizados por 19 municípios dentre os 170 que registraram seus decretos no sistema de Defesa Civil Nacional; sendo que já são mais de 330 cidades afetadas, segundo as autoridades locais. Ou seja, os danos serão infinitamente superiores aos já apontados.

*atualização em 08/05 (12h25)

Foto: Ricardo Stuckert / Secom / PR

Chuvas no RS: boletins agrometeorológicos fornecem dados precisos aos produtores

Chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul. Estiagem em áreas do Nordeste. O Brasil sofre com as alterações climáticas e essa oscilação é global. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura do continente apresentou, nos últimos 30 anos, um aumento de 0,2ºC por década, a maior taxa já registrada. Com este desequilíbrio, a tendência de aquecimento e os impactos climáticos extremos se tornam cada vez mais perceptíveis, principalmente na América do Sul. Portanto, estar preparado para enfrentar essas mudanças será decisivo para os produtores rurais e para garantirem o abastecimento mundial de alimentos.

Para ajudar a classe produtora nesse desafio, a Lindsay América Latina, multinacional de soluções de irrigação por pivô, em parceria com a Metos, subsidiária brasileira da austríaca Pessl Instruments, pioneira em soluções de monitoramento e inteligência para o agronegócio, lançaram a Estação Lindsay. Por meio de boletins meteorológicos publicados duas vezes por semana no Facebook, no Instagram (@zimmaticbrasil), e via canal do WhatsApp , os agricultores passam a ter a previsão do tempo de 7 até 14 dias com dados de precipitação, umidade e temperaturas máximas e mínimas.

Além disso, nesses mesmos canais, há um resumo do cenário do agro para as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. “A grande diferença da nossa previsão é que esta é localizada. A estação faz um refinamento dos modelos matemáticos para dar uma informação mais assertiva”, destaca o engenheiro agrônomo Fábio Belezi, gerente comercial da Metos Brasil.

Segundo o especialista, o objetivo é fornecer dados de qualidade no momento certo, ou seja, possibilitar tomadas de decisões rápidas e assertivas no dia a dia do campo. “Com essas informações, os agricultores terão melhor gestão das janelas de plantio e colheita, mitigação de riscos climáticos, alertas de riscos de doenças e controle de pragas, além de uma significativa economia de recursos como água, insumos, energia e maquinários agrícolas”, disse.

Dados na mão, eficiência na irrigação

Entre as diversas informações importantes que os sensores da Metos oferecem, destaque para os dados de evapotranspiração. Este é um processo natural que ocorre na natureza, em que a água é evaporada da superfície do solo e das plantas através da transpiração. O processo auxilia na manutenção do ciclo hidrológico da terra e regula a temperatura do planeta.

Essa medida é muito importante para o gerenciamento de irrigação, pois a quantidade de água que as plantas consomem durante a transpiração é diretamente proporcional a sua qualidade e produtividade agrícola. Ou seja, com esses dados o produtor poderá realizar a irrigação de maneira mais sustentável e econômica. “Ter informações da evapotranspiração na prática significa saber o quando está se perdendo de água da planta e no solo. Para ele repor isso com o pivô, ele precisa dessa informação que só é possível com uma estação meteorológica, com sensores de alta qualidade e robustez”, destaca o especialista.

Com dados meteorológicos precisos em mãos, por meio dos boletins, somado às informações do solo e das plantas, o produtor terá uma gestão da irrigação muito mais eficiente e assertiva. Com a integração de tecnologias com o FieldNET Advisor, solução da Lindsay, empresa representada também pela marca Zimmatic™, além do uso racional da água a plataforma ajuda com a economia de energia e ainda pode evitar desperdício de insumo, como os fertilizantes e os defensivos.

A ferramenta fornece dados simplificados para o manejo do irrigante com grande assertividade. O funcionamento é simples: basta o produtor inserir a cultura e suas características, o tipo de solo e as datas de plantio e o programa combina automaticamente esses dados com informações meteorológicas precisas e dados históricos de irrigação do campo.

Em seguida, por meio de modelagem, ele monitorará o crescimento da lavoura e a profundidade das raízes para verificar a quantidade de água disponível no solo para a cultura e prever assim as necessidades futuras de água, a quantidade e o momento ideal para a irrigação, visando atingir a máxima produtividade.

Chuvas no RS: com cadeia produtiva afetada, risco de desabastecimento preocupa população

com informações da Agência Brasil

Quase 850 mil pessoas (844.673) foram impactadas até o momento pelas chuvas fortes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada.  O boletim mais recente da Defesa Civil indica que há 78 mortes confirmadas e pelo menos mais quatro em investigação. O número de feridos é de 175 e há 105 desaparecidos.

Por causa do mau tempo, 134.331 pessoas tiveram de abandonar as casas em que vivem, sendo que 115.844 estão desalojadas e outras 18.487 vivem em abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 341 foram afetados por alguma ocorrência relacionada às chuvas.

A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical.

Agora, o total de mortes está bem acima do anterior e é considerado por autoridades como o pior desastre climático da história gaúcha.

Risco de desabastecimento

O governador gaúcho, Eduardo Leite, voltou a afirmar que o estado passa pela maior catástrofe climática da história. Leite advertiu para o risco de desabastecimento e de colapso em diversas áreas, por causa da interdição do Aeroporto Salgado Filho, dos bloqueios e destruições em rodovias e da falta de energia e água em diversas localidades. Após o resgate das vítimas, disse o governador, a preocupação será com a retomada das atividades da indústria do estado, que tem a quarta maior economia do país.

“Estamos acompanhando o impacto nas cadeias produtivas, porque os animais não chegam, o frigorífico foi também atingido, colapsado. Isso atinge a vida dos trabalhadores naturalmente, mas tem uma questão de abastecimento também. Então, ações vão ter que ser empreendidas nessa área. O impacto na indústria, por insumos que não chegarão, ou as empresas que fornecem e que foram atingidas, paralisações nas plantas industrias, que vão exigir medidas econômicas”, ressaltou o governador.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, pediu a chegada rápida de recursos aos municípios para que os trabalhos de reconstrução comecem o mais rápido possível. Na própria capital do estado, destacou, faltam equipamentos para enfrentar uma tragédia climática dessa dimensão. Segundo ele, o problema é ainda mais grave no interior do estado.

“Estão faltando barcos, botes e coletes na cidade. Estou falando da minha cidade, mas isso se estende para muitas dezenas de municípios e isso não pode esperar. Tem de ser hoje, tem de ser agora”, disse Melo. O prefeito ressaltou que 70% da cidade está sem água e que há escassez de diesel para os caminhões-pipa e de oxigênio para os hospitais, mas disse que, neste momento, as autoridades públicas precisam concentrar-se em salvar vidas.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Portos RS apresenta plano para enfrentamento dos efeitos das chuvas

A chuva que atinge o Rio Grande do Sul tem causado vítimas, deixado pessoas desabrigadas e uma série de prejuízos materiais. A Portos RS – Autoridade Portuária dos Portos do Rio Grande do Sul – tem adotado medidas para mitigar os efeitos das inundações em suas operações e comunidades locais.

No Porto do Rio Grande e Pelotas, as operações continuam normais, no entanto, no Porto de Porto Alegre, diante do crescente nível das águas do Lago Guaíba, todas as atividades foram suspensas na última quarta-feira (01/05). A área foi evacuada preventivamente, e equipamentos essenciais foram elevados para minimizar danos e perdas. As comportas localizadas nas divisas da área portuária com o centro da cidade foram fechadas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Em razão dos efeitos imediatos, a Portos RS, os terminais e os operadores portuários participaram de uma reunião convocada pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela Secretaria Nacional de Portos, com o objetivo de traçar um panorama da situação e identificar as necessidades para que seja estruturado um plano de ação. “Apresentamos os atuais impactos, aquilo que a gente já vem sentindo, e o que já vem sendo estruturado na linha de uma ação de solidariedade às famílias, aos trabalhadores e todos aqueles que foram atingidos por toda essa situação”, disse o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.

A segurança dos funcionários, suas famílias e a comunidade em geral permanece sendo a maior preocupação da Portos RS, que segue se solidarizando com o povo gaúcho neste momento tão difícil enfrentado por nossa população. “Agradecemos a compreensão e cooperação de todos durante este período desafiador e nos solidarizamos com todos os afetados pelas enchentes em nosso estado. Estamos comprometidos em manter a comunidade informada e apoiada em cada etapa do caminho”, afirma Klinger.

 Trabalho do Corpo de Bombeiros na contenção da água do Rio Guaíba (Foto: Governo do Estado do RS / Lauro Alves / Secom)

Agrishow 2024: robôs, máquinas agrícolas, soluções financeiras e muito mais para os quase 200 mil visitantes esperados

A 29ª edição da Agrishow, principal feira de tecnologia agrícola da América Latina, ocorrerá entre os dias 29 de abril e 3 de maio, em Ribeirão Preto (SP), e será palco para inúmeras atividades.

Com uma área total de 520 mil metros quadrados, o equivalente a 21 quilômetros de ruas e avenidas, a Agrishow 2024 será vitrine para o lançamento e demonstração das mais recentes inovações para o agronegócio. Com mais de 800 marcas expositoras, tanto nacionais quanto internacionais, e uma expectativa de público de cerca de 195 mil visitantes, a feira conta com empresas que oferecerão desde soluções para a agricultura de precisão até equipamentos para pecuária, passando por armazenagem, implementos agrícolas, máquinas para construção, sementes, software e hardware e muito mais. O visitante poderá também contar com serviços financeiros.

“É preciso dizer que a tecnologia agrícola brasileira domina a produção de máquinas, implementos e diversos produtos para ambientes tropicais. É única e exclusiva no mundo, e serve também para agricultura em climas temperados”, diz João Marchesan, presidente da feira.

Como participar? Os ingressos para a feira estão sendo comercializados no site oficial do evento.

Serviço:

AGRISHOW 2024 – 29ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação

Data: 29 de abril a 3 de maio

Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto (SP)

Horário: das 8h às 18h

Sobre a Agrishow: A Agrishow 2024 é uma iniciativa das principais entidades do agronegócio no país: Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo e SRB – Sociedade Rural Brasileira, e é organizado pela Informa Markets, integrante do Grupo Informa, um dos maiores promotores de feiras, conferências e treinamento do mundo com capital aberto.

La Niña deve mudar os ventos do mercado no Brasil?

As chuvas voltaram com regularidade no Brasil. No Centro-Oeste, o clima favoreceu as pastagens e as lavouras de milho. Um alívio para quem teve uma safra verão conturbada, com preços em queda, “replantio” e ciclo pecuário em baixa.

No entanto, houve um período de seca forte, no final de março, em algumas regiões importantes para a agricultura, como Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Segundo avaliação da Consultoria Agromove, já é possível prever um potencial impacto negativo na produtividade das culturas. Apesar dessa perspectiva, o segundo semestre mostra mudanças em diversos segmentos no setor agropecuário – os novos rumos do mercado.

Apesar do milho no mercado físico estar apresentando queda nas cotações, os mapas climáticos apontam risco de falta de chuvas no Centro Oeste durante a fase de florescimento das lavouras. Esta é a fase de maior risco para a produção, pois é onde há a formação dos grãos nas espigas. Uma falta de chuvas nesta fase atingindo a maior região produtora da safrinha no país, pode trazer quebras significativas de produtividade.

“As estimativas de produção e estoques globais de soja e milho ainda estão em níveis elevados. No entanto, a redução na produção brasileira de milho e os riscos climáticos podem gerar estresse adicional no mercado. Algumas estratégias adotadas como compra de futuros para aproveitar possíveis movimentos de alta nos preços, especialmente considerando a incerteza em relação ao clima, são importantes nesse momento”, pontua o engenheiro agrônomo Alberto Pessina, da Consultoria Agromove,

Para a soja temos um mercado ofertado e uma estimativa de aumento na área de soja plantada nos EUA. No entanto, as cotações têm apresentado ligeira alta nas últimas semanas, devido a alguns fatores como: redução na produção de óleo de dendê que é um substituto do óleo de soja, auxiliando na correção dos preços; maior volatilidade cambial causada por aumento nos riscos geopolíticos, uma expectativa mais lenta para a queda nas taxas de juros americanos e riscos de não cumprimento das metas fiscais pelo atual governo. “Este aumento de volatilidade cambial, traz oportunidades para fixar um câmbio elevado para quem irá vender a soja em dólar em 2025”, alerta Pessina.

Foto: Fazenda Santa Eliza

Leite de camela, snacks e tâmaras: expositores árabes renovam confiança na Apas Show

حليب النوق والوجبات الخفيفة والتمور: العارضون العرب يجددون ثقتهم في معرض أباس، وهو حدث يقام في البرازيل

A delegação de expositores árabes participantes da feira supermercadista Apas Show 2024, em São Paulo, no Expo Center Norte, a partir do próximo dia 13 de maio, terá representantes de dezesseis empresas do Líbano, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Tunísia e Egito.

Presentes na feira desde 2016, a missão organizada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, entidade dedicada à promoção do comércio entre o Brasil e os países da Liga Árabe, é composta por empresas de perfil variado, com fabricantes e exportadores de alimentos básicos, processados e até derivados de leite de camela.

“A maioria das empresas é de organizações que já conhecem a feira e mantêm negócios recorrentes com importadores brasileiros”, descreve Karen Mizuta, head de consultoria internacional da Câmara Árabe. “São empresas que estão renovando a confiança no mercado brasileiro e veem na feira um ambiente seguro para fortalecer a relação com atuais clientes e prospectar novas parcerias no varejo nacional”, prossegue.

As empresas são a distribuidora libanesa Taybe (atuante com geleias, pimentas, tâmaras, doces, derivados de leite de camela e alimentos pré-prontos), a iraquiana Great Foods (snacks), a emirática Agthia Company-Al Foah (derivados de tâmaras), as tunisianas Golden Export, CBF, Nouri, Al Jazira, I3C+ e Fit (tâmaras, azeite e tomate seco) e as egípcias Oriental Fruits, Frosty Foods, Mima Foods, EGCT Frozen, Delta, ElSwedy e Dalsa (todas elas com frutas e vegetais, frescos e congelados).

Além da participação na feira, a Câmara Árabe também está programando visitas a supermercados para que os executivos das empresas conheçam um pouco da realidade do varejo brasileiro e possam estudar o comportamento do consumidor. Os expositores árabes também terão reuniões com importadores e varejistas pré-mapeados pela Câmara Árabe. A expectativa é que as reuniões possam gerar negócios no decorrer da feira, favorecendo a inserção de novos produtos árabes no varejo alimentar brasileiro.

Foto: Divulgação / Câmara de Comércio Árabe-Brasileira