R$ 814 bilhões: FIDCs encerram 2025 em patamar histórico

O mercado de FIDCs fecha 2025 em um patamar histórico, reforçando a mudança estrutural do crédito no país. O patrimônio da indústria ultrapassou R$ 800 bilhões, com expansão de 17% em 12 meses, enquanto o volume total de operações superou R$ 1,4 trilhão no acumulado do ano. As emissões primárias avançaram 22%, puxadas pelo aumento da demanda de empresas de médio porte e pela migração de operações que antes dependiam dos bancos. O crédito ampliado atingiu R$ 20,1 trilhões, equivalentes a 160% do PIB, evidenciando o peso crescente das estruturas privadas. As captações via debêntures estruturadas chegaram a R$ 19,7 bilhões em um único mês, marcando recorde histórico, e as securitizações voltadas ao capital de giro registraram alta superior a 25%. Em paralelo, o estoque de recebíveis empresariais ultrapassou R$ 4 trilhões, e a inadimplência corporativa estabilizou-se próxima de 10%, aumentando a procura por modelos de crédito com melhor governança, previsibilidade e arquitetura de risco. Esse conjunto de números consolidou os FIDCs como eixo central do financiamento empresarial em 2025, ampliando sua relevância operacional, técnica e estratégica.

Para 2026, na Audax Capital, estima-se que o crédito estruturado ligado ao agronegócio movimente mais de R$ 800 milhões  em novas operações, ampliando a participação de originadores especializados na liquidez do setor rural.  Nesse contexto, Audax Capital encerra 2025 fortalecida pela expansão dos fundos estruturados, pela maturidade do laboratório de tecnologia e pelo avanço das carteiras corporativas em múltiplos segmentos. A empresa ampliou a base de investidores, acelerou modelos próprios de análise e reforçou a estratégia de diversificação, com maior presença em operações pulverizadas e em setores que exigem precisão preditiva. “2025 foi um ano decisivo para nossa tese. Evoluímos em escala, tecnologia e eficiência, ao mesmo tempo em que consolidamos um modelo capaz de entregar previsibilidade em momentos de maior volatilidade. Estamos entrando no próximo ciclo mais preparados, mais técnicos e mais rápidos”, afirma Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital. Para 2026, a empresa projeta alcançar R$ 1,6 bilhões em faturamento, ampliar sua capacidade operacional, intensificar o uso de inteligência analítica e fortalecer o pipeline de crédito para empresas de médio porte e para o agronegócio. A meta inclui entrar em novas regiões, acelerar a integração de dados preditivos no processo de originação e ampliar a exposição a setores estratégicos, consolidando a gestora como uma das referências do crédito privado no país.

A perspectiva para 2026 indica um setor ainda mais competitivo, exigindo velocidade, sofisticação analítica e estruturas capazes de operar em cenários de maior pressão por eficiência. O avanço dos FIDCs como instrumento central do financiamento empresarial deverá acelerar a profissionalização das operações, ampliando a busca por modelos preditivos que reduzam risco e aumentem a capacidade de antecipação das carteiras. Em um ambiente de crédito mais seletivo, a combinação entre tecnologia, governança e diversificação tende a definir quais players conseguirão sustentar o crescimento. “O próximo ciclo será guiado por dados e disciplina. Quem conseguir unir precisão analítica, velocidade de execução e governança sólida vai liderar a nova fase do crédito privado no país”, diz Da Matta. Nesse contexto, a expectativa é de que o mercado mantenha o ritmo de expansão com métricas mais rigorosas, integração de dados em larga escala e estratégias de originação cada vez mais assertivas, estabelecendo as bases para resultados mais consistentes ao longo de 2026.

Foto: Pixabay / Pexels.com

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