Com metodologia de consultas múltiplas e pesquisa iterativa, foram entrevistados 36 pesquisadores e profissionais com experiência em conservação florestal no Brasil e na Indonésia. Os dois países foram escolhidos foram escolhidos porque reduziram as taxas de desmatamento em períodos recentes: Brasil em 84% entre 2004 e 2012 e Indonésia em 78% entre 2016 e 2021.
O estudo, que compara dois contextos distintos e identifica semelhanças, diferenças e combinações ideais de fatores de proteção florestal, mostra que vontade política, pressionada pela sociedade civil e por acordos internacionais, é o fator decisivo para proteger as florestas.
O levantamento buscou identificar toda a gama de fatores que mantêm as florestas em pé, a relativa importância de cada um e como eles mudaram ao longo do tempo. Nesse contexto, as comunidades tradicionais e indígenas foram reconhecidas como peças-chave na conservação, mas ainda carecendo de condições básicas de qualidade de vida.
Leia aqui a publicação na revista Conservation Letters.

COP30
As constatações do estudo chegam às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em Belém (PA) em 2025. Os pesquisadores acreditam que esse trabalho serve como alerta para diplomatas, políticos e líderes globais.
Ele deixa a mensagem de que a conservação das florestas tropicais é possível, mas depende, fundamentalmente, de uma decisão política sustentada, que por sua vez é alimentada pela vigilância constante da sociedade e pela cooperação internacional.