Diante do “tarifaço” norte-americano aplicado sobre as exportações brasileiras, o governo vem afirmando que a ampliação do comércio com outros parceiros pode ser uma solução. E a Índia surge, nesse cenário, como uma alternativa viável.
Em 2024, o comércio entre Brasil e Índia atingiu a marca de US$ 12 bilhões. A balança comercial, no entanto, apresentou um saldo deficitário para o Brasil, com as importações da Índia (US$ 6,8 bilhões) superando as exportações brasileiras (US$ 5,26 bilhões). Com isso, a Índia se consolidou como o sexto maior parceiro de importações do país. Ou seja, há espaço para o aumento de nossas exportações.
A pauta de produtos comercializados é diversificada e reflete a posição de cada país no mercado global. O Brasil exporta principalmente produtos primários, como petróleo bruto, açúcar, óleos vegetais, aviões e minério de cobre. Já a Índia envia ao Brasil uma variedade de produtos industrializados e químicos, como compostos organo-inorgânicos, óleos combustíveis, defensivos agrícolas (inseticidas, fungicidas, herbicidas) e medicamentos.
Essa dinâmica comercial demonstra uma relação crescente entre as duas nações, buscando uma cooperação estratégica mais ampla. E foi exatamente isso o que afirmou o H. E. Dinesh Bhatia, embaixador da Índia no Brasil, durante o evento de celebração dos 79 anos da Independência da Índia. Segundo ele, o comércio entre os dois países, que já é significativo, pode aumentar ainda mais.
História
Em 15 de agosto de 1947, a Índia foi declarada uma nação independente, encerrando mais de 200 anos de domínio colonial. Nesse dia, o então primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru, hasteou a bandeira nacional sobre as muralhas do Forte Vermelho em Nova Délhi.
