Após um ano desafiador, algumas empresas de distribuição de insumos agropecuários olham com otimismo para as possibilidades de crescimento em 2025 diante das projeções de safra recorde.
A Fex Agro é um exemplo. A distribuidora de insumos agrícolas com sede em Primavera do Leste (MT) encerrou 2024 com faturamento de R$ 139 milhões (queda de 8,7% na comparação com o ano anterior), mas projeta um crescimento de 62% em 2025, alcançando R$ 225 milhões. “O mercado exige adaptação constante e planejamento. Estamos preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem, sempre com foco na segurança financeira dos nossos parceiros”, afirma Daniel Barbosa, CEO da empresa.
A expectativa se baseia em uma estratégia de diversificação que, em 2024, resultou em 60% da receita vinda dos insumos para lavoura, 30% de ingredientes de nutrição animal e 10% de grãos e óleo vegetal. “Essa diversificação nos dá uma vantagem competitiva, pois equilibramos os ciclos de recebimento. Nutrição animal tem um ciclo financeiro de 30 dias, enquanto os insumos agrícolas chegam a 180 dias. Este mix de produtos nos garante um fluxo de caixa mais saudável”, explica Barbosa.
Além de crescer no setor, a Fex Agro também está expandindo presença no território nacional. A empresa planeja abrir uma nova unidade em Minas Gerais focada em nutrição animal, e tem prospectado novas frentes de negócio, como a comercialização de insumos para as culturas de gergelim e amendoim.
Cautela
Apesar do pior momento ter ficado para trás, a Fex Agro inicia 2025 com um olhar atento às oportunidades sem se esquecer do risco. Embora as previsões da Conab para a safra 2024/25 tragam otimismo, a empresa reforça que o caminho para um ano bem-sucedido passa pela cautela. “2024 foi marcado por desafios financeiros significativos. O agronegócio brasileiro enfrentou margens apertadas tanto na lavoura quanto na pecuária de corte, enquanto o mercado interno de soja viu preços atípicos que impactaram a receita dos sojicultores, ampliando as incertezas no setor”, avalia o executivo.
