Cresce mercado de viagens técnicas do agro

O setor de turismo e eventos representa cerca de 10,5% do PIB brasileiro e as viagens técnicas corporativas representam parcela importante da movimentação em agências, companhias aéreas, hotéis e restaurantes. Dentro desse nicho, o agronegócio vem ganhando espaço, com a iniciativa de empresas do setor que utilizam viagens para desenvolver relacionamentos e fidelizar clientes, além de incentivar e premiar revendas e representantes de seus produtos.

O setor de viagens corporativas faturou, no primeiro semestre de 2023, mais de R$ 6,5 bilhões, 17% acima de igual período de 2019, antes da pandemia da Covid-19, conforme levantamento da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Houve aumento tanto nas viagens domésticas, como nas internacionais, com a retomada de eventos e o calendário intenso de viagens corporativas.

Mesmo diante da cobertura digital global de assuntos relacionados ao agro, as viagens são diferenciais na estratégia de aproximação e de fixação do conhecimento, na opinião de Fabio Torquato, diretor da AgroTravel Viagens Técnicas. “A vivência em novos ambientes e culturas, a oportunidade de conhecer de perto as tecnologias, o aprendizado em grupo e a troca de experiências são benefícios incorporados em cada roteiro”, afirma.

Para quem participa das viagens do agro, é possível ampliar a visão do setor, tendo diversas oportunidades de se inspirar e trazer conceitos que irão impactar seu próprio negócio, ou mesmo uma variedade de práticas para executar tarefas semelhantes. “Fundamental para que isso aconteça é garantir que cada viajante tenha uma experiência positiva em todas as etapas do seu roteiro, com uma programação que vá além de suas expectativas, favorecendo uma experiência transformadora e que o leve não só a propagar a vivência que teve como queira viajar novamente”, diz o executivo.

Área de reflorestamento da KKL-JNF em Israel (Foto: Jayme Vasconcellos / Agricultura e Negócios)

Israel, Alemanha, Portugal, Estados Unidos e Argentina são alguns destinos no exterior que recebem profissionais brasileiros do agro em busca de informações. E as viagens dentro do Brasil também estão em alta. “Nas viagens técnicas no Brasil, há inúmeras possibilidades de roteiros que podem coincidir com momentos da safra de diferentes culturas, feiras agrícolas, lançamentos de produtos, visita a fazendas, fábricas ou centros de pesquisa, entre outros”, explica Torquato. É importante que os profissionais do agro tenham assessoria no planejamento, execução e acompanhamento das viagens e possam contar, também, com roteiros personalizados.

Agronegócio: a importância de mais investimentos e crédito para o setor em 2024

por Henrique Galvani*

Com o desafio de alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050 e o Brasil atingindo a marca de US$ 339 bilhões em exportações, o agronegócio entra em 2024 com a missão de ser cada vez mais produtivo, sustentável e tecnológico. Desta forma, torna-se essencial tornar o ecossistema de crédito mais democrático e acessível, para que seja possível investir cada vez mais em pesquisa e tecnologia no campo.

Não há dúvidas que a agricultura evoluiu muito, afinal, em 40 anos, o Brasil saiu do âmbito de importador de alimentos para um dos principais exportadores do mundo. Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostraram que o país registrou um superávit de US$ 98,8 bilhões em 2023, maior valor desde o início da série histórica, que começou em 1989. Apesar disso, ainda há pontos a serem melhorados na profissionalização do campo, na gestão da propriedade, sustentabilidade, “tecnologização” e, como não poderia deixar de citar, o acesso ao crédito.

A conta é simples: com o crescimento e a importância do agronegócio para o PIB do Brasil, aumenta também a necessidade dos produtores de terem mais dinheiro em caixa, seja para custeio de produção ou para investimentos em novas áreas, maquinários, tecnologia, armazenagem e etc. Assim, o crédito se torna fundamental para que os produtores e o agronegócio brasileiro continuem alimentando o mundo e sendo protagonistas da nossa economia.

Cenário do crédito em 2023 e expectativa para 2024

Marcado pelas dificuldades econômicas e orçamentos reduzidos, sobretudo para as operações oficiais de crédito, o ano de 2023 registrou diversos momentos em que os programas de crédito rural se encontravam suspensos, sem a possibilidade de acesso por parte dos produtores de grande porte, bem como, para os pequenos agricultores familiares. Com essas frequentes suspensões e dificuldades de acesso, o mercado privado foi o grande aliado do produtor. Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Agroindustriais (Fiagros) tiveram um salto de investimento de 126% entre os meses de setembro de 2022 e de 2023, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPR) aumentaram 54% em estoque no mesmo período. Alguns produtores também recorreram a plataformas de crowdfunding e peer-to-peer lending.

O expressivo aumento na utilização das ferramentas privadas mostra que a parceria entre o agronegócio e o mercado financeiro privado deu muito certo e tende a crescer. Com a previsão de que a Selic permaneça próxima aos 9,00%, ao final de 2024, os produtores irão demandar ainda mais recursos com taxas de juros competitivas ao crédito rural. Os desafios fiscais e monetários que o país enfrentou em 2023, e continuará enfrentando em 2024, podem colocar algumas políticas agrícolas em risco.

No último plano safra as taxas de juros variaram entre 7% a 12,5% ao ano (subvencionada), contudo, a realidade é que esse orçamento não é suficiente para o tamanho do agronegócio brasileiro. Como alternativa, alguns produtores recorrem a outras fontes de financiamento, para ajudá-los na produção. Atualmente, os produtores encontram taxas de mercado (não subvencionadas) próximas a 15% ao ano para o crédito rural, o que para muitas atividades agropecuárias, ainda é possível encaixar em suas margens. Nessa linha, a tese de equity crowdfunding (investimento coletivo) no agronegócio, começa a ser vista como um importante parceiros para que produtores consigam investir mais em suas operações, aumentando a eficiência e produtividade.

Agro em constante desenvolvimento

Nesta circunstância, em que crédito rural tem sido um instrumento importante para promover a produtividade e o aumento de renda no Brasil, a política criou programas voltados para o apoio e desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Com maiores investimentos em tecnologia, aumentou-se a produção agrícola e compreensão das melhores práticas de manejo e aplicação de fertilizantes e defensivos, impactando diretamente na produtividade agrícola, melhorando a eficiência dos recursos e insumos.

No entanto, o acesso a capital ainda é um desafio para o avanço e prosperidade do agro, é necessário mais dinheiro para quem contribui muito para economia. Em 2023, o Brasil registrou superávit recorde na balança comercial do agro – o maior da série histórica, que começa em 1989, e não podemos permitir que o desperdício, a falta de tecnologia, investimentos e gestão deixem de alimentar pessoas no Brasil e no mundo. Estamos com a faca e o queijo na mão.

*Formado em Ciências Contábeis, é CEO e cofundador da Arara Seed, primeira plataforma de investimentos coletivos do setor do Agronegócio.

Mercado de flores 2024: clientes mais exigentes buscam novas experiências

 por Clóvis Souza*

De acordo com dados da Hórtica Consultoria, atualmente o mercado brasileiro de consumo de flores e plantas ornamentais é estimado em aproximadamente R$ 10 bilhões. O setor que atravessa ótima fase está prestes a passar por uma série de transformações significativas neste ano, delineando novas dinâmicas. As tendências indicam uma crescente integração das flores nos ambientes internos, impulsionando a procura por arranjos que conferem leveza e renovação aos espaços.

Os entusiastas das flores, cada vez mais conectados às redes sociais, buscarão facilidades oferecidas pelo comércio eletrônico, ao mesmo tempo que darão preferência a itens personalizados. Além disso, os consumidores estarão mais atentos às questões de sustentabilidade e à origem das plantas.

Novos rumos

Para alcançar o sucesso, as empresas devem explorar essas e outras oportunidades em cena, proporcionando experiências diferenciadas aos clientes. Isso inclui a introdução de novos produtos, investimentos em aprimoramentos no e-commerce e presença robusta nas redes sociais com conteúdo qualificado.

Desafios à vista: impacto da mudança climática

As empresas ainda devem manter uma vigilância constante em relação às alterações climáticas, considerando o atual período de calor intenso no Brasil, que é reflexo do fenômeno do aquecimento global. Essas condições extremas têm o potencial de afetar significativamente a produção de flores, tornando imperativa a implementação de soluções estratégicas. Nesse contexto, é essencial considerar a adoção de câmaras frias mais eficientes e potentes, visando preservar a durabilidade das plantas e garantir a qualidade dos produtos.

Inovações tecnológicas

Já a constante evolução das tecnologias está redefinindo o mercado de flores, trazendo avanços em várias frentes. A agricultura inteligente, por exemplo, utiliza análise de dados para otimizar o cultivo, enquanto o ramo da genômica e do melhoramento de plantas possibilita variedades florais com resistências a pragas e cores específicas. A blockchain na cadeia de suprimentos assegura transparência da origem das flores, enquanto os drones na agricultura proporcionam eficiência operacional. Aplicativos e plataformas on-line avançados oferecem experiências de compra personalizadas e a biotecnologia floral busca prolongar a vida útil e criar flores únicas. Todas essas inovações modificam a indústria e estabelecem novas possibilidades, aprimorando ainda mais a experiência do consumidor.

Portanto, em 2024, o mercado de flores promete se basear em um ambiente dinâmico, pronto para transformações. O cerne do sucesso reside na habilidade das empresas de antecipar soluções e criar estratégias, minimizando impactos e garantindo a satisfação do público.

*Fundador e CEO da Giuliana Flores.

Adjuvantes minimizam impactos das oscilações de clima

Hora é seca severa, hora é chuva em excesso. A atual safra está caracterizada pelas oscilações climáticas, com destaque para as temperaturas mais elevadas e que realmente tem esquentado a cabeça de muitos produtores. Umas das opções disponíveis e que pode auxiliar a minimizar os impactos desse cenário na produção, seja qual cultivo for, são os adjuvantes. Estes, desempenham papel crucial, já que oferecem diversos benefícios com sua adoção.

O engenheiro agrônomo e coordenador técnico da DVA Agro, Daniel Petreli, destaca os principais ganhos que a classe agrícola tem ao fazer uso dessas ferramentas. O primeiro deles é obter maior resistência à chuva, pois as estações secas podem estar associadas a precipitações imprevisíveis. “Os adjuvantes que melhoram a resistência dos produtos à chuva podem ajudar a garantir que estes após aplicados, permanecem eficazes mesmo que chova logo após a operação devido a capacidade de adesão e absorção. Isto é essencial para manter a eficácia das medidas de controle de pragas, por exemplo”, diz.

Outro benefício para situações adversas que os adjuvantes proporcionam, está relacionado a evaporação e deriva reduzidas, já que temperaturas mais altas e condições mais secas podem levar a uma evaporação rápida das soluções pulverizadas. “Os adjuvantes desenvolvidos para reduzir a evaporação ajudam a prolongar o tempo que os agroquímicos permanecem no estado líquido nas superfícies das plantas. Além disso, diminuem a deriva, evitando a perda de partículas pulverizadas para o ar circundante, garantindo que o defensivo ou agroquímico atinja o alvo”, relata Petreli.

A melhor penetração através das cutículas das plantas é outra característica que deve ser levada em conta na hora de optar por utilizar a tecnologia. Em períodos de estresse hídrico, as plantas se encontram com o seu metabolismo alterado em condições normais o que altera a capacidade de absorção e podem apresentar cutículas mais espessas ou mais resistentes e conforme o especialista endossa, os adjuvantes melhoram a capacidade de absorção de ingredientes ativos.

Mais ganhos contra o estresse climático

Com a utilização dos adjuvantes específicos de impacto da radiação ultravioleta (UV), a fotodegradação também é reduzida, protegendo os agroquímicos aplicados.  O profissional da DVA aponta também que a adesão aprimorada às superfícies das plantas proporcionada pela tecnologia é importante para melhor eficiência.

Não menos importante, é válido lembrar que os adjuvantes podem contribuir para a compatibilidade de diferentes agroquímicos e insumos agrícolas quando misturados em tanques.

Petreli completa alertando os produtores para que selecionem cuidadosamente os adjuvantes com base nos desafios específicos colocados pelas condições climáticas em sua região, o objetivo é sempre realizar as aplicações nas melhores condições principalmente temperatura, umidade e vento pois impactam diretamente na eficiência da aplicação se não utilizar das tecnologias de aplicação disponível nos equipamentos de pulverização e as tecnologias em adjuvantes.

 “Além disso, é fundamental seguir as taxas de aplicação e diretrizes recomendadas para garantir o uso seguro e eficaz de adjuvantes em diversas situações de clima. A consulta de serviços locais de extensão agrícola ou agrônomos pode fornecer informações valiosas adaptadas às necessidades específicas da cultura e da região”, completa o especialista.

Não esqueça!

É importante ressaltar que o produtor não deve esquecer de verificar, antes de escolher o melhor adjuvante, fatores como a formulação do defensivo que vai utilizar junto e as condições ambientais.  “A compatibilidade dos adjuvantes com tipos específicos de defensivos varia, eles interagem de maneira diferente com os adjuvantes, assim como os produtos biológicos. Já a eficácia pode ser influenciada por fatores ambientais como temperatura, umidade e vento”, finaliza Petreli.

Foto: Divulgação Jacto

João Carreiro: cantor sertanejo morre após cirurgia cardíaca

O cantor sertanejo João Carreiro, de 41 anos, morreu nesta quarta-feira (03/01) após passar por uma cirurgia no coração. A informação foi confirmada pelo perfil oficial do artista no Instagram.

Segundo o comunicado oficial, o velório do artista será na Câmara Municipal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Depois, o corpo será encaminhado para Cuiabá, cidade natal de João, no Mato Grosso. Fãs e diversos artistas lamentaram a morte do cantor.