3º Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio reforçou a importância da segurança jurídica para a competitividade do setor

A 3ª edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), organizada pelo Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio – IBDA, debateu os temas mais relevantes para a competitividade do setor e mostrou a importância da segurança jurídica para que o agro siga com sua vocação de produtor e exportador de alimentos, fibras e bioenergia.

O ex-Ministro Roberto Rodrigues, presidente da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA), fez no encerramento do evento um breve resumo de cada painel, começando pela questão do mercado de carbono. “O agronegócio precisa estudar rigorosamente esse tema e analisar bem as métricas, pois não pode admitir a importação de regras internacionais”, disse.

Sobre a reforma tributária, Rodrigues trouxe três conclusões. A primeira é que a inverdade de que o produtor não paga imposto precisa ser combatida com números e estudos muitos claros, enquanto a segunda é que não se pode tratar setores diferentes com as mesmas medidas. “Por fim, é melhor reformar por partes, evoluindo aos poucos, porque não vai ser possível virar a chave de uma vez”. 

Ele comentou também que os investimentos são afetados pela insegurança jurídica no país e que ainda se vê uma falta de previsibilidade em relações às decisões de processos jurídicos. Além disso, é preciso se criar câmaras de arbitragem para acelerar a decisão de alguns tipos de processos.

Em termos de bioeconomia, Rodrigues avaliou que o desenvolvimento desse mercado é promissor. “O Congresso me trouxe esperança e otimismo pela tecnologia, pelo sinal novo e verde no Brasil, mostrando que nós podemos liderar mais uma vez a revolução no mundo. Contudo, o que me preocupa é a insegurança jurídica”.

Outro ponto tratada por ele foi a homenagem do IBDA ao engenheiro agrônomo Decio Zylbersztajn, professor titular da Universidade de São Paulo, por sua contribuição ao agro nacional. A saudação da homenagem foi feita pelo Renato Buranello, presidente do IBDA, Arnaldo Jardim, deputado federal, e por Rodrigues.

Brasil é líder na utilização de biológicos

O setor de biológicos pode alcançar o montante de US$ 8 bilhões no Brasil até 2030, segundo estimativas de Antônio Carlos Zem, CEO da Biotrop. Atualmente, o mercado gira em torno de US$ 1,2 bilhão. “O mercado está crescendo e as pesquisas mostram um aumento de cerca de 55% ao ano no setor, mas nossos cálculos são maiores, de aproximadamente 65%. O agricultor brasileiro busca novidades tecnológicas e os biológicos estão sendo usados em orgânicos, mas também em soja, milho, cana e algodão”, disse Zem no painel Bioeconomia e o Futuro das Cadeias Agroindustriais durante a 3ª edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA).

Em sua análise, o país está vendo o nascedouro de uma indústria, que faz parte da bieconomia. “É um mercado dinâmico, que tem evoluído rapidamente e com rentabilidade e competitividade. Com isso, conseguimos financiar a inovação e pesquisa”, explicou. Para ele, o Brasil tem a oportunidade de exportar biológicos. Mas, precisa enfrentar desafios como acelera a criação de novos produtos, ter tecnologia sempre com qualidade e preço acessível ao produtor e ampliar a capacidade instalada. A seu ver, o maior concorrente do biológico é o não usuário do produto.

Nesse ponto, Amália Borsari, diretora de Biológicos da CropLife Brasil, comentou que os biológicos não têm fórmula pronta e a técnica de fermentação está ligada à eficácia desses produtos, por isso o mercado sempre está à procura de profissionais no setor. “O produto biológico é o processo e não só o ativo”, pontuou.

De acordo com Amália, o mercado está em franco crescimento porque os produtos são eficientes e estáveis, pois a adição da engenharia genética contribuiu para que os micro-organismos fossem trabalhados para atender as demandas do produtor brasileiro. “O Brasil é o país que mais utiliza produtos biológicos em larga escala, porque uniu a biologia às técnicas de formulação, criando micro-organismos de forma protegida para ter eficácia no campo”, acrescentou. Também comentou que o setor possui gargalos na parte regulatória, uma vez que a tecnologia avançou e precisam ser discutidas as questões de padronização e requerimentos dessas tecnologias.

Foto: Paulo Negreiros / Divulgação / CBDA

O painel, moderado por Diogo Souto Maior, Professor do IBDA, contou com a participação de Guilherme Bastos, membro do Conselho da Embrapa, que avaliou que as questões das métricas são importantes quando se trata da bioeconomia. “É importante ter uma política de pagamentos de serviços ambientais, mas como esses ativos serão tangibilizados. Então, a necessidade da articulação do governo com as linhas de pesquisa da Embrapa para acelerar esses processos”.

Ele ressaltou também a importância de se realizar um mapeamento das diversas atividades do agronegócio para se ter dados e informações, refletindo, dessa forma, nas políticas públicos. “Sem dados, não se tem a matéria básica. Ninguém duvida das informações publicadas pela USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Assim, o Ministério da Agricultura precisa se apropriar dos dados do setor no país”.

Natascha Trennepohl, sócia do Trennepohl Advogados, falou sobre a evolução das regulamentações ambientais no Brasil e que, atualmente, o bem ambiental passou a ser valorizado. A tendência pra os próximos anos é buscar investimentos e fomento para o ativo ambiental, sendo que nos dias de hoje já se vê esse movimento, como os green bons e a CPR Verde.

Segurança jurídica, direito a propriedade e investimentos

O Brasil precisa de segurança jurídica e estabilidade nas decisões administrativas ou judiciais para trazer o capital estrangeiro ou nacional, uma vez que os investidores precisam de previsibilidade, o que significa calculabilidade dos riscos. Guilherme Rodrigues da Cunha, CEO da Ceres Investimentos, afirmou que o agronegócio é demandador de crédito. “Cerca de 70% do volume de produção vem do crédito, então, precisamos fechar esse valor. O governo não é mais o carro chefe na alocação de recursos, pois não é capaz de cobrir todos os setores e os recursos internos privados podem não ser suficientes. Por isso, é preciso atrair o capital externo para dentro do mercado brasileiro de forma estruturada”, disse o palestrante do painel Direito de Propriedade, Segurança Jurídica e Investimentos, moderado por Fabio Medina Osório, sócio do Medina Osório Advogados.

Desse modo, para ele, a celeridade nas decisões jurídicas quando se há um problema é um fato importante para os investidores, assim como é preciso ter uma uniformidade de decisões para que se tenha uma garantia de que aquele crédito no agronegócio vai retornar. “Dificuldades regulatórias impedem a vinda de investimentos externos mais baratos e melhor alocados”, ponderou Cunha.

Nesse sentido, Rudy Ferraz, Diretor Jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), avaliou na 3ª edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), que a discussão do processo de demarcação de terras indígenas é fundamental para o agronegócio brasileiro. “É um pilar que vai dar toda a garantia ao direito de propriedade no Brasil. Atualmente, há 430 reinvindicações de novas áreas, situadas no Centro-Sul do país, onde há uma grande produção agrícola”. A seu ver, é necessário ter balizamento sobre o que é ou não terra indígena, para diminuir a judicialização e dar previsibilidade, condição primária para a garantia de propriedade. Segundo Ferraz, nesses casos, todos são vítimas, tanto o produtor como a comunidade indígena e ambos podem sair prejudicados. “O marco temporal busca uma solução para o conflito”, pontuou.

Para o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é importante que o agronegócio se mobilize para informar o funcionamento do seu mercado, para diminuir a desjudicialização no setor, implantando outras ferramentas eficientes para decidir conflitos, como câmaras de commodities, de arbitragem e de mediação. Também reforçou a importância de se ações coordenadas para criação de regras para que não haja decisões erráticas.

Ele explicou ainda que a segurança jurídica está associada ao direito, que tem por função primordial estabilizar as questões normativas para que os agentes econômicos e a sociedade possam adquirir, alienar, e negociar os direitos. “Esse tema é bastante explorado no direito tributário, que é suscetível em meio as mudanças contínuas”, disse.

Sobre o IBDA

O Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) nasceu da vocação de estudar os Sistemas Agroindustriais e sua regulação sob o prisma de Direito & Economia. Traz um novo modelo de difusão do conhecimento, formando um observatório para a formulação de políticas públicas e melhor interpretação do conjunto de normas que regulam o setor. Mais informações: www.direitoagro.com / https://congressodireitoagro.com.br/

Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio: “Estabilidade na jurisprudência atrai investidores para o país”, afirma ministro Fux

Um país com jurisprudência estável atrai investidores, pois eles conhecem o que pode ou não ser feito. E, o Brasil está percorrendo esse caminho, por meio dos precedentes judiciais. Para o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), os investidores precisam de previsibilidade para o resgate célere de seu crédito. “A previsibilidade confere ao investidor a segurança jurídica, o que significa segurança legal e das jurisprudências”, disse o ministro na palestra inaugural “Análise Econômica do Direito e Agronegócio”, da 3ª edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), organizada pelo Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio – IBDA.

Em sua apresentação, Fux ressaltou a importância da análise econômica do direito, que se baseia na simplificação de processos, inexistência de prodigalidade de processos e na diminuição da litigiosidade prolongada, pois todos os cidadãos possuem o direito de que seu processo tenha uma duração razoável. Sobre o agronegócio, o ministro lembrou que o setor possui uma peculiaridade: o conjunto de títulos de crédito. “No Brasil, há um processo de execução de título extrajudicial, um processo rápido, que visa satisfazer o que consta do título, ou seja, se é crédito vai buscar o crédito”, explicou. Contudo, o processo pode levar mais tempo porque existem fases que precisam ser executadas.

Mas, existe a Tutela dos Direitos Evidentes (Tutela de Evidência), que possibilita que o produtor rural apresente uma prova inequívoca de seu direito, solicitando a tutela de evidência para que se execute a ação. “O agronegócio e a justiça andam pari passu. A justiça sacia aquele que tem sede e fome de justiça. Já o agro sacia as pessoas que têm fome. Nós caminhamos juntos, o agro, o direito e a justiça”, finalizou.

Solenidade de Abertura

Na solenidade de abertura do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), Renato Buranello, presidente do IBDA, reiterou que o funcionamento eficiente de um setor passa por um equilibrado ambiente de negócios e de segurança jurídica. “O agronegócio é um conjunto de atividades econômicas, e possui modelos de negócios específicos, por isso é fundamental ter uma visão dinâmica, que cria riqueza, que movimenta o país e que gera desenvolvimento social”, disse ele.  Ele afirmou que o direito e a economia têm ampla aplicação nos sistemas agroindustriais, desde o desenho de políticas públicas, a coordenação dos negócios, a formulação de estratégicas de desenvolvimento e de crescimento.

Luiz Rodrigues, Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, falou sobre a importância da programação do evento e ponderou sobre a segurança jurídica ser pilar basilar para o desenvolvimento econômico, para dar tranquilidade aos investimentos, para a sociedade democrática e para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Comentou ainda que os operadores do direito precisam se debruçar nos conceitos relacionados à bioeconomia e que o mercado do carbono é fundamental para alavancar nas propriedades rurais a recomposição de ativos ambientais, oferecendo recursos para manter as florestas.

Em seu discurso, o deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, afirmou que o agronegócio brasileiro se uniu por isso a FPA conta com um bancada numerosa, de quase 350 parlamentares, com a responsabilidade de representar um setor que precisa continuar competitivo para alimentar o mundo. “O Brasil é uma potência ambiental, industrial e agrícola, e enfrenta concorrência como qualquer setor. Quem quer macular nossa imagem são nossos maiores concorrentes”.

Na avaliação de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a bioeconomia é importante porque pode contribuir para que o Brasil siga em seu papel de protagonismo em nível global. “A discussão da bieconomia é a do futuro do país”, pontuou. Para ele, a reglobalização geopolítica traz uma série de dúvidas, pressões e riscos devido ao unilateralismo. “A Organização Mundial do Comércio está esquecida e os países estão olhando somente para seus interesses”, acrescentou.

Para Sérgio Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), o agronegócio gera condições de sustentabilidade econômica, social e ambiental no Brasil e tem travado uma luta intensa em defesa de sua importância e atividade para o país. Já Ana Frazão, Professora Doutora da Universidade de Brasília (UnB), reforçou a importância do direito para a atividade econômica. “Quanto mais o agro se torna mais sofisticado, mais precisa reflexão jurídica para enfrentar os desafios”.

Sobre o IBDA

O Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) nasceu da vocação de estudar os Sistemas Agroindustriais e sua regulação sob o prisma de Direito & Economia. Traz um novo modelo de difusão do conhecimento, formando um observatório para a formulação de políticas públicas e melhor interpretação do conjunto de normas que regulam o setor. Mais informações: www.direitoagro.com

Mais informações sobre o III Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio em https://congressodireitoagro.com.br/

Especialistas discutem reforma tributária durante o III Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (Foto: Jayme Vasconcellos / Agricultura e Negócios)

Produção goiana de girassol deve aumentar 65,1% na Safra 2022/2023

A produção de girassol deve registrar o maior aumento percentual entre as culturas de grãos em Goiás na Safra 2022/2023. Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que as lavouras goianas — atualmente em fase de semeadura — devem entregar 36 mil toneladas da oleaginosa, aumento de 65,1% em relação ao volume produzido na Safra 21/22.

O novo relatório também revisa para cima a estimativa da produção total de grãos no Estado. A projeção agora é de um total de 31,7 milhões de toneladas, contra 31,5 milhões de toneladas na rodada anterior, divulgada em fevereiro. Em relação à safra passada, o avanço é de 9,8%. Há expectativa de aumento também para área plantada total (1,4%) e produtividade (8,3%).

No caso do girassol, o levantamento da Conab indica uma tendência de retração (-3,8%) da área plantada no Estado. A redução, provocada pelo avanço do milho de segunda safra, é compensada pela produtividade. O rendimento médio das lavouras goianas deve aumentar 71,2%, saltando de 0,8 tonelada por hectare na safra anterior para 1,4 tonelada por hectare na atual. Para a Safra 22/23, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) estabeleceu prazo até 31 de março para semeadura do girassol. De acordo com a Portaria nº 01/2022, a colheita deve ser realizada até 15 de julho.

Foto: Designecologist / Pexels.com

“As chuvas estão caindo em bons volumes e na hora certa. Isso ajuda muito a cultura do girassol e também as outras culturas. A agricultura goiana como um todo registra uma perspectiva positiva neste ciclo”, avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. Segundo a Conab, além do girassol, há projeção de aumento de produção para o milho (+29,2%), o sorgo (+6,8%), o feijão (+2,1%) e o algodão (+1,5%). A tendência para o trigo é de estabilidade e para a soja, de leve recuo (-0,6%). O arroz tem estimativa de queda (-10,9%).

Tomate

Outro indicador importante para o setor, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também divulgado nesta quinta-feira, indica que Goiás deve seguir líder isolado na produção de tomate em 2023. Mais uma vez, o Estado deve ser a única unidade federativa a superar a marca de um milhão de toneladas do fruto. O órgão estima que a produção goiana será de 1,3 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 11,6% em volume, na comparação com 2022. A área plantada deve atingir 13,6 mil hectares (+8,5%), com rendimento médio de 93,8 toneladas por hectare (+2,9%).

Ainda de acordo com o IBGE, os dados levantados em fevereiro indicam que Goiás registrará aumento na produção de uva em 2023. A estimativa é de crescimento de 11,1% em produção, alcançando volume de 2,1 mil toneladas. A área plantada deve crescer 6,8% em relação a 2022. Para a produtividade, a expectativa é de alta de 4,0%.

Afinal, o que é fertilizante?

por Valter Casarin*

O fertilizante nada mais é do que um alimento para as plantas e tem a tarefa de ajudar os agricultores a produzir o alimento necessário para a crescente população mundial. Para atender essa necessidade, já que os vegetais – de uma maneira geral – precisam de 17 nutrientes essenciais para sobreviver e crescer, é primordial, após cada colheita, adicionar o fertilizante para devolver esses nutrientes ao solo.

Nitrogênio, fosfato, potássio são os três elementos que mais contribuem para o bom rendimento das culturas e a produção sustentável de alimentos; e  esses nutrientes estão presentes na composição dos fertilizantes. Diante disso,  é com a quantidade e o equilíbrio dos nutrientes no solo que as plantas terão o seu desenvolvimento realizado de forma saudável.

Por isso, é importante que o suprimento, contendo os minerais, seja feito em função da necessidade de cada vegetal. Uma vez que esses nutrientes são extraídos do solo durante cada estação de produção (safra), os campos devem ser enriquecidos com a adição de adubos, seja na forma de fertilizante mineral ou orgânico. Vale lembrar que adubos e fertilizantes são sinônimos.

A vantagem dos fertilizantes minerais é que eles podem ser aplicados em quantidades ajustadas para atender às necessidades específicas das culturas e proteger o meio ambiente. Eles também podem complementar o uso de adubos orgânicos, para garantir um suprimento equilibrado de nutrientes. Essa é a forma de administrar o equilíbrio no suprimento para evitar o excesso ou a falta destes essenciais elementos no solo.

Assim sendo, os fertilizantes são um ingrediente chave usado pelos agricultores na produção de nossos alimentos. Eles permitem produzir mais nas atuais terras agriculturáveis, evitando a abertura de novas áreas, contribuindo decisivamente com a redução do desmatamento de florestas.

Foto: Mirko Fabian / Pexels.com

Nesse sentido, as empresas que fabricam o adubo ou fertilizante, são uma parte importante na cadeia de produção de alimentos e têm papel fundamental no uso responsável de seus produtos, além de apoiar os esforços para manter a preservação do meio ambiente.

E a indústria, junto com os agricultores, têm uma tarefa importante, haja visto que até 2050, a produção global de alimentos precisará aumentar em 70%. Sem adubação, essa produção corresponderia à metade da produção atual. Essa condição dá ao produtor rural a necessidade de produzir mais sem, no entanto, ter condições de explorar novas áreas. Caberá ao uso de fertilizantes a missão de ajudar o solo a permanecer produtivo para que a produção agrícola acompanhe o crescimento populacional em todo o mundo.

Com esse cenário, o Brasil se transformou de importador para um grande exportador de alimentos. Essa mudança está relacionada a grande transformação tecnológica na agricultura brasileira, dentre essas, o uso de fertilizantes tem enorme contribuição. Os fertilizantes são essenciais para a agricultura sustentável, bem como para a produção de energia, fibras ​​e alimentos necessários para a demanda da crescente população.

Sobre a NPV

A NPV – Nutrientes para a Vida – nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. O uso de fertilizantes de forma responsável e correta é o caminho para oferecer à sociedade oportunidade para maior segurança alimentar e qualidade nutricional dos alimentos e, sobretudo, produzindo de forma sustentável e com total respeito ao ambiente. Nutrir o solo, através dos fertilizantes, é a forma mais sensata de produzir alimentos em quantidade e qualidade para as pessoas, além de valorizar a preservação de nossas florestas.

A missão da NPV é esclarecer e informar a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.

A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR.

*Engenheiro agrônomo, mestre em Solos e Nutrição de Plantas e doutor em Ciência do Solo. É professor universitário, consultor e palestrante.

VLI abre mais de 100 vagas para a carreira de maquinista

A VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – está com 111 vagas abertas para a carreira de maquinista. Desde total, 15 são para trainee de maquinista de viagem e as demais para trainee operacional. Os selecionados participarão de um processo de formação para atuarem na operação da empresa, que incentiva e promove diversas capacitações para que seus empregados possam trilhar uma carreira de sucesso. Os cargos estão espalhados por municípios de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão e Distrito Federal.

Segundo a supervisora de Atração e Seleção da VLI, Tatiana Crepalde, trata-se de um programa de formação de profissionais para a área operacional da companhia. Ela explica que a formação será tanto teórica, quanto prática.  O programa para trainee operacional terá uma formação teórica de, aproximadamente, 152 horas, além de outras 440 horas de operação assistida. E o de trainee de maquinista de viagem terá uma formação teórica de 226 horas, mais 668 de operação assistida.

“Essa é uma importante porta de entrada na VLI. Valorizamos a diversidade e, aqui, proporcionamos uma jornada de aprendizado. Parte dessas vagas são destinadas exclusivamente a mulheres, negros e pessoas com deficiência (PCDs). Desde o início, mesmo durante a fase de desenvolvimento e capacitação, as pessoas já são contratadas pelo regime celetista e passam a integrar o quadro de empregados da empresa. A expectativa é de que todos já estejam efetivados ainda no primeiro semestre deste ano.”, ressalta Crepalde.

Requisitos

Os candidatos precisam ter ensino médio completo, morar na cidade para a qual pretende a vaga ou ter disponibilidade para mudança, bem como ter flexibilidade para trabalhar em regime de escala e turno. Os interessados têm até o dia 17 de março para se inscreverem pela página de carreira da empresa.

Os novos colaboradores terão como benefícios vale-refeição ou vale-alimentação; vale-transporte ou ônibus fretado (dependendo da localização em que irá trabalhar); assistência médica e odontológica; plano de previdência complementar; participação nos lucros e resultados; Gympass (plataforma de academias, com foco em sua saúde e bem-estar); desenvolvimento profissional (por meio da Universidade Corporativa); cesta de Natal; auxílio-creche ou auxílio-babá; além de uma rede de descontos em várias lojas, restaurantes, salões e outros.

Formação

Para tornar-se um maquinista, os profissionais podem começar na VLI em cargos como trainee operacional ou trainee de maquinista. Em ambas as posições, há um investimento nos desenvolvimentos técnico, teórico e prático destes profissionais. O período de formação pode variar de seis a oito meses, entre operação assistida e ações teóricas e práticas. Ao final, são realizadas práticas assistidas com o objetivo de validar o conhecimento adquirido e, conforme o desempenho, o empregado poderá tornar-se um maquinista.

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Por três anos consecutivos presente no ranking 100 Open Corps – que reconhece o estímulo à inovação aberta –, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Foto: Divulgação / VLI

Moqueca fica entre os melhores pratos de frutos do mar do mundo

com informações do Ministério do Turismo

Mais um sabor do Brasil ultrapassou as fronteiras nacionais. A moqueca, que assume versões diferentes dependendo do local que é preparada teve destaque no ranking “50 Melhores Classificados Pratos de Frutos do Mar no mundo em 2023” (50 Best Rated Seafood Dishes in the World) da Taste Atlas.

A versão baiana conquistou o 18º lugar, com avaliação 4,6/5,0. O clássico é um ensopado de frutos do mar, com peixes brancos, camarões ou outros frutos do mar combinados com leite de coco, óleo de dendê, suco de limão e vários vegetais, como pimentão vermelho e amarelo, tomate, cebolinha, alho, cebola e às vezes gengibre. Esse prato é costumeiramente servido com arroz e farofa, com um pouco de coentro picado.

Já a moqueca que percorre outras regiões do Brasil conseguiu a 29ª posição no ranking, com nota 4,5/5,0. O prato utiliza a mesma base de alimentos, mudando temperos e forma de cozinhar, como por exemplo, feita em tachos de barro tradicionais.

Foto: Marcelo Moryan / MTur

A iguaria foi transportada para o Brasil há mais de 300 anos. Os portugueses trouxeram cocos para o país e os africanos introduziram o óleo de palma na culinária brasileira.

Em recente enquete do Ministério do Turismo (MTur) nas redes sociais, a moqueca foi a grande vencedora, passando até a feijoada, eleita como a receita que não poderia faltar à mesa de um turista. Siga o MTur nas redes e acompanhe as novidades.

Gastronomia brasileira em destaque

A gastronomia brasileira é um dos atrativos responsáveis por motivar turistas do mundo inteiro. Não é à toa que o país já conquistou diversas posições em rankings da Taste Atlas.

Em fevereiro deste ano, três queijos brasileiros foram destaque no ranking “Best Rated CHEESES in the World” (Melhores Classificados QUEIJOS no mundo). O queijo canastra, originário de Minas Gerais conquistou a 11ª posição pelo seu sabor único, misturado a sua maciez e acidez. Em 39ª se destacou o Queijo Coalho, tradicional do Nordeste brasileiro e em 94º lugar o Queijo Minas, presente em todo o país.

Além dos pratos salgados, o brasileiro também se destaca nas sobremesas. Ainda esse ano, o Brasil ganhou espaço no ranking “10 Bolos Mais Bem Avaliados do Mundo”. O pavê ganhou o 3º lugar entre as melhores sobremesas e bolos pela sua combinação perfeita de biscoito, creme, ovos, leite condensado e muito chocolate.

Bioeconomia e hidrogênio verde: Brasil e Alemanha estreitam parceria para estimular a inovação industrial

A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) assinou um acordo de cooperação com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo, na sigla em alemão) para estimular a cooperação entre os dois países no desenvolvimento de inovação na indústria brasileira. A parceria estreita as relações entre os dois países, de forma a fomentar projetos na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com foco em bioeconomia e hidrogênio verde, e a conexão entre startups e empresas, especialmente pequenas e médias.

A assinatura ocorreu durante a 39ª edição do EEBA (Encontro Econômico Brasil-Alemanha) 2023, em Belo Horizonte (MG), cujo tema é “Novas abordagens sobre energia, clima e digitalização”. O documento assinado prevê estabelecimento de uma cooperação bilateral para estímulo a projetos na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). O objetivo é facilitar o acesso aos instrumentos de apoio técnico e financeiro da Embrapii.

“A Embrapii busca realizar ações de cooperação internacional para estimular a inovação em áreas estratégicas. No caso específico da Alemanha, temos o enfoque na bioeconomia, o que está bastante alinhado à agenda de sustentabilidade que, nos anos mais recentes e, de forma mais expressiva em 2023, tem sido uma das prioridades da Embrapii”, destaca Carlos Eduardo Pereira, diretor de Operações da Embrapii.

O acordo prevê também a possibilidade de realização de pesquisas, levantamentos e compartilhamento de informações com o intuito de identificar as principais demandas e necessidades da indústria local, com especial foco em startups e PMEs; assim como desenvolvimento, planejamento e execução de projetos, eventos e iniciativas no âmbito da inovação aberta, promovendo conexões entre empresas, startups e entidades de pesquisa do Brasil e da Alemanha.

“Como representantes da economia alemã no Brasil, entendemos que a parceria com a Embrapii é estratégica para o fortalecimento e aumento de competitividade da indústria brasileira, especialmente pequenas e médias empresas (PMEs), nas áreas de inovação aberta, economia verde e transição energética”, afirmou Manfredo Rübens, presidente da AHK São Paulo e presidente da BASF para a América do Sul.

Foto: Chokniti Khongchum em Pexels.com

Rede Brasileira de Trilhas ganha prêmio internacional

com informações do ICMBio

A Rede Brasileira de Trilhas foi selecionada para receber o Prêmio  Advancing Trails Award na categoria internacional. A Rede Trilhas é resultado da governança do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e trabalho conjunto do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ministério do Turismo (MTUR).

O prêmio é uma iniciativa da coalizão norte-americana American Trails, criada em 1971 com o nome de National Trails Council. Tem valor simbólico inestimável e é o mais relevante reconhecimento da Rede Brasileira de Trilhas. A American Trails é a maior organização de trilhas do mundo e reúne instituições gestoras de trilhas e de áreas protegidas, profissionais, empresas, voluntários, conservacionistas e usuários.

Conhecidos pelas pegadas amarelas e pretas que conectam unidades de conservação do Brasil, as trilhas são enormes corredores ecológicos que garantem a manutenção da vida selvagem e a melhoria de indicadores ecológicos. O trabalho é realizado por estados, municípios, ONGs e diversos coletivos de voluntários aglutinados pela Rede Trilhas.

A Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (Rede Trilhas) se destaca por estimular a união entre recreação, natureza e turismo. Por isso, foi escolhida para receber o prêmio a ser entregue no International Trails Summit de 2023, que será realizado em Reno, nos Estados Unidos, entre os dias 17 e 20 de abril.

Trilhas em Unidades de Conservação

São mais de 10 mil quilômetros de trilhas espalhadas por centenas de unidades de conservação em todos os biomas terrestres do País e disponíveis em todos os tipos de dificuldade – do iniciante ao avançado e que, conectam e integram a paisagem cênica de ambientes outrora fragmentados.

Diversas unidades de conservação, sejam elas federais, estaduais ou municipais, abrigam trechos das trilhas. São destaques: a Trilha Transmantiqueira, que possui mais de 1000 quilômetros de extensão e passa por unidades de conservação como o Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira e o Parque Nacional do Itatiaia; a trilha Caminhos dos Veadeiros, com 480 quilômetros, na qual é possível visitar unidades como a Área de Proteção do Planalto Central e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros; e a Transcarioca, com 183 quilômetros e que adentra o Parque Nacional da Tijuca.

Sinalização da Trilha Caminho de Veadeiros (Foto: Fernando Tatagiba)

Conab estima safra de grãos em 309,9 milhões de t, influenciada pelo aumento de 20,6% na produção de soja

A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 pode chegar a 309,9 milhões de toneladas. Quase metade desse volume total é resultado das lavouras de soja, o que representa uma colheita em torno de 151,4 milhões de toneladas, como mostra o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmado, o volume de soja a ser colhido nesta temporada é 20,6% superior ao registrado no ciclo anterior, o que aponta uma recuperação na produtividade das lavouras que foram atingidas pelas condições climáticas adversas no período de 2021/22.

“A atual estimativa de produção da oleaginosa cresce se comparada com o ciclo passado, mas representa uma variação negativa de 1% em relação ao último anúncio da Conab devido à intensificação, em fevereiro, dos danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul. No entanto, essas perdas foram compensadas, em parte, pelos ganhos observados em Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul”, explica o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

A colheita avança em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo quando comparados com a safra 2021/22. Esse ritmo mais lento é explicado por motivos distintos, como o excesso de chuvas, que dificulta o tráfego de máquinas nas lavouras. Além das precipitações durante a colheita, é preciso lembrar que em algumas áreas o plantio da soja foi realizado de forma tardia, como em determinados locais produtores de Goiás e do Matopiba, enquanto que em outras regiões houve a ocorrência de temperatura mais baixa o que trouxe impacto no desenvolvimento do grão, alongando o ciclo da cultura.

Esse atraso traz impactos na semeadura do milho 2ª safra, que já tem semeada 63,6% da área prevista para a cultura em todo o país. No mesmo período do ano passado, este índice chegava próximo de 75%. Ainda assim, a Companhia projeta um crescimento na produção de 11,3% podendo chegar a 95,6 milhões de toneladas. “É importante destacar que semear o milho fora da janela ideal pode aumentar os riscos durante o desenvolvimento das lavouras, e não há garantia de como a cultura irá se desenvolver em condições climáticas adversas.”, reforça a superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Candice Romero Santos. Já na primeira safra do cereal, a colheita esperada é de aproximadamente 26,76 milhões de toneladas, 6,9% acima da safra 2021/22.

Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão já está completamente semeado. Houve aumento de 4% na área, atingindo 1,66 milhão de hectares. Com isso, a expectativa é que a colheita da pluma atinja 2,78 milhões de toneladas. Para o arroz, a produção é estimada em 9,9 milhões de toneladas, 8,4% inferior ao volume produzido na safra passada devido à redução de área, aliada às condições climáticas adversas, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior estado produtor. No caso do feijão, a Conab estima uma colheita de 2,92 milhões de toneladas, somando as três safras.

Mercado – Em relação ao mercado externo, a Companhia alterou os estoques finais para o algodão para 1,53 milhão de toneladas. A atualização ocorre diante do ajuste na expectativa da produção e a manutenção tanto do consumo como das exportações. O início de ano se mostra lento para as vendas ao mercado externo da pluma, como apontam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Em fevereiro de 2023 foram exportadas 43,2 mil toneladas de algodão, um desempenho muito baixo ao se comparar com o mesmo período de 2022, quando foram exportadas 166,4 mil toneladas de algodão. Ainda assim, o setor continua confiante e vem trabalhando para ampliar as exportações, as quais devem chegar próximas de 2 milhões de toneladas.

Já para o milho as exportações seguem em ritmo acelerado, atingindo a marca de 2,28 milhões de toneladas exportadas, maior volume registrado para o mês desde 2016. A demanda chinesa, em conjunto com a quebra da safra argentina, influencia na maior procura pelo produto brasileiro. Diante da demanda aquecida, a Conab estima que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país via portos. Com isso, o estoque de milho em fevereiro de 2024, ou seja, ao fim do ano safra 2022/23, deverá ser de 7,3 milhões de toneladas – mesmo com o aumento da produção no país.

As demais culturas analisadas pela estatal apresentaram ajustes pontuais no quadro de suprimento.

A corrida por frete começou e embarcadores precisam se preparar

Com a chuva dando uma trégua em importantes regiões produtoras de grãos do País, os agricultores voltaram a atenção total para as lavouras para acelerarem a colheita da soja da atual temporada, a qual promete ser recorde. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos brasileira está estimada em 310,6 milhões de toneladas, um incremento de 38,2 mi/ton em relação à temporada anterior.

Com as colheitadeiras a todo vapor no campo (dia e noite), a demanda do transporte rodoviário também começa a aumentar e acende o sinal de alerta à classe produtora em relação aos custos. Portanto, aqueles que não tiverem planejamento pagarão mais caro para escoar a produção até os portos.

Baseado no índice goFlux de frete (IGFF), que traz o preço do deslocamento por tonelada por quilômetro (R$t/km), considerando para a base de cálculo as transações de fretes que ocorreram na plataforma da empresa, o avanço da colheita da soja em alguns municípios do estado de Mato Grosso, por exemplo, vem pressionando o preço. “Sobretudo na segunda quinzena de janeiro, o IGFF-MT considerando o transporte de soja e milho, fechou o primeiro mês do ano com a cotação de R$ 0,27 t/km, refletindo aumento de 2% nos preços do serviço, em comparação ao mês anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o índice registrou alta de 7,8%”, destacou Tiago Scatena, especialista de mercado da logtech goFlux.

Ainda segundo o profissional, em janeiro, o IGFF-SP, considerando as informações de frete de açúcar, fechou o R$ 0,57t/km, queda de 12% em relação a dezembro, redução motivada pela fraca demanda do produto em São Paulo no início do ano. Já em relação a janeiro de 2022 houve aumento de 25% no preço do frete de t/km.

Tecnologia analítica

A goFlux possui uma ferramenta chamada goFlux View que mostra uma visão analítica sobre fretes do passado e do presente, e disponibiliza uma funcionalidade de predição de fretes que colabora para o melhor planejamento da operação logística dos seus usuários. A plataforma utiliza big data e algoritmos preditivos para ajudar empresas a precificar fretes futuros.

Estas informações são fundamentais no que tange o transporte na mesorregião Norte mato-grossense, com destinos ao Sudoeste do Pará e principais portos de escoamento de grãos, como também São Luiz e Porto Franco no Maranhão. “Isso é algo muito relevante em setores com preços de fretes voláteis como o agronegócio, auxiliando principalmente o embarcador na definição do preço a ser contratado com base numa amostragem exponencial do mercado”, finaliza Scatena.

Sobre – Sediada em São Paulo, capital, a goFlux é uma startup que surgiu em 2018 fruto da expertise de fundadores experientes em logística que desenvolveram uma plataforma totalmente digital para cotação, negociação, contratação e gestão de fretes rodoviários. A solução vem revolucionando a forma de contratar fretes e impulsionando a competitividade no segmento de transportes, principalmente do agronegócio. Mais em goflux.com.br, view.goflux.com.br e naconta.goflux.com.br.