Contratação de crédito agropecuário soma R$ 119 bi em oito meses, em alta de 12%

A contratação do crédito empresarial do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) entre julho e fevereiro alcança R$ 101,612 bilhões, o que representa 53% do total ofertado e 11% a mais do que o valor financiado em igual período do ano anterior. Na Agricultura Familiar, a contratação soma, no período, R$ 17,87 bilhões, equivalentes a 67% do volume disponibilizado e 21 % acima do que foi contratado entre julho de 2017 e fevereiro de 2018. No total, o crédito agropecuário já aplicado alcança R$ 119,48 bilhões, em alta de 12% sobre igual período apurado no ano anterior.

O total ofertado para o agronegócio (PAP) e a agricultura familiar é de R$ 217, 73 bilhões, dos quais foram negociados em oito meses 55%, em alta de 12% sobre igual período na safra anterior, de acordo com levantamento feito pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa como base no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, do Banco Central.

As contratações se concentram nas modalidades de custeio, comercialização e industrialização que somam juntas R$ 79,42, bilhões. O valor do custeio foi de R$ 57,15 bilhões. Em seguida, o maior volume é o de investimentos, de R$ 22,18 bilhões.

O Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Prodecoop) teve alta de 217% no valor de aplicação, o maior percentual de aumento entre as modalidades do PAP, com contratação de R$ 791 milhões, 80% do montante disponível.

Outra alta significativa, de 136%, foi no Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais), com desembolso de R$ 786 milhões, 94% do total previsto para o período, que se encerra em junho.

E a terceira maior alta (114%) no volume contratado ocorreu no PCA (Construção e Ampliação de Armazéns), em que já foram aplicados R$ 924 milhões, equivalentes a 44% da oferta de recursos.

Na safra em curso 2018/2019, o aumento de contratação na atividade agrícola foi de 13%, até agora, e na atividade pecuária, de 5%.

Fonte de recursos

Recursos provenientes da Poupança Rural Controlada representaram 28% dos desembolsos e, recursos obrigatórios, 19%. De fontes não controladas, os recursos livres corresponderam a 8% do total, somando R$ 8,45 bilhões, em alta de 196%.

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) com taxa favorecida responderam por 12% do volume de crédito já contratado, somando R$ 12,07 bilhões, em alta de 40%.

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No financiamento empresarial, volume é de R$ 101 bilhões e, na agricultura familiar, de R$ 17,87 bilhões. (Foto: Divulgação)

Pesquisa acadêmica vai mapear os hábitos de mídia das mulheres do agro

Em comemoração ao Dia da Mulher, neste 8 de março, uma nova pesquisa digital está sendo lançada para traçar o perfil das mulheres do agronegócio em relação aos hábitos de consumo de mídia. A pesquisa foi elaborada para fins acadêmicos e será utilizada no trabalho de conclusão do curso de MBA em Agronegócios da Esalq/USP pela jornalista Lilian Munhoz, sob orientação da economista Juliana Chini, mestre em gestão internacional e líder de inteligência de marketing da @tech.

A pesquisa traz perguntas sobre os hábitos das mulheres que atuam no agronegócio em relação à forma de se comunicar na internet, nas redes sociais, como utilizam os veículos de comunicação para estarem atualizadas, o que consomem via internet, entre outros. “O objetivo é mapear o perfil de produtoras rurais e profissionais que atuam nas mais diversas áreas do agronegócio, conhecer suas preferências e desenvolver conclusões a respeito de como se comunicam e se informam nos dias de hoje”, explica Lilian Munhoz, que também é editora e apresentadora da TV Terraviva, canal de agronegócios do Grupo Bandeirantes.

Pesquisas que destacam o aumento da participação de mulheres no agronegócio têm crescido a cada ano, mas o tema ainda é inédito. As pesquisas mais recentes são de 2017, que destacam o aumento da participação das mulheres em cargos de gestão e planejamento nas propriedades, mas ainda não há pesquisas que façam uma abrangência sobre os hábitos digitais delas. Além disso, nos dias de hoje, as novas tecnologias mudam constantemente, sendo necessária uma atualização frequente sobre a utilização das novas ferramentas digitais.

A pesquisa pode ser respondida por todas as mulheres acima de 18 anos que atuam com qualquer área relacionada ao agronegócio (Produção Rural, Comunicação, Marketing, Insumos, Logística, Advocacia, Governo, Ensino e Pesquisa, entre outras). São 28 questões de múltipla escolha e duas descritivas. A pesquisa vai estar disponível até o final de julho. Os dados serão divulgados no trabalho de conclusão de curso da jornalista no final de 2019.

Para ter acesso às perguntas e participar da pesquisa “Hábitos de Consumo de Mídia das Mulheres do Agronegócio”, clique aqui.

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Vacinação de bezerras contra brucelose deve ser feita até maio

com informações do Sistema Faeg / Senar

O sistema Faeg/Senar alerta os criadores de bovinos e bubalinos sobre a obrigatoriedade de vacinarem as fêmeas de três a oito meses de idade, contra a brucelose. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária faz o chamado conforme o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A previsão da Agrodefesa é que sejam imunizadas cerca de 1,2 milhão de animais até 31 de maio, quando encerra o prazo de vacinação do primeiro semestre. Já no segundo semestre, o período se encerra em 30 de novembro.

As vacinas indicadas são a B19 ou a RB51, que devem ser compradas em estabelecimentos registrados na Agência. Como se trata de vacina viva, existem riscos de contaminação, por isso aplicação exige cuidados que vão desde a refrigeração até o ato da imunização. Outro cuidado é aplicar a vacina em tempo hábil após seu preparo, já que não pode ser armazenada para uso posterior em razão do período específico de utilização.

A Analista Técnica do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Christiane Rossi, destaca que a vacinação deve ser feita por médico veterinário, também responsável por emitir a receita para compra da vacina e o qual precisa estar cadastrado junto à Agrodefesa. O cadastro tem periodicidade anual e fica disponível para consulta pelo produtor, nos escritórios locais do órgão de defesa”, explica.

É preciso reforçar que, quem tem fazendas em municípios diferentes terá que comprar as doses separadas para cada uma delas. Depois da imunização, os pecuaristas têm que apresentar na Agrodefesa o atestado de vacinação junto da Nota Fiscal o que pode ser feito por eles ou pelo veterinário responsável, dentro de 30 dias após a compra da vacina.

De acordo com a Agrodefesa, a não vacinação gera multas e punições como a restrição de venda de animais, inclusive adultos, na propriedade. A multa é de R$ 7,00, por cabeça de bezerra não vacinada, além da obrigatoriedade da vacinação assistida da Agrodefesa. E quem deixar de entregar o atestado de vacinação indicado, será multado em R$ 300,00.

As bezerras de vacas e búfalas imunizadas com a vacina B-19 devem ser carimbadas do lado esquerdo da cara, com dígito do ano de vacinação. Agora se a opção for pela vacina RB51, a identificação é com a letra V também no lado esquerdo da cara.

“O Sistema Faeg Senar contribui para levar as informações aos produtores rurais através de suas vias de comunicação, da sua capilaridade nos municípios através dos Sindicatos Rurais, através da Assistência Técnica e Gerencial, qualificação dos trabalhadores e produtores rurais pelo Senar, entre outros. Também atua com sugestões para atualizar as legislações quando em consulta pública”, pontua a analista do IFAG.

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Foto: Divulgação

Liderança feminina no agronegócio

O Núcleo São Paulo de Mulheres do Agronegócio, em parceria com o Ipojur (Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Ciências Políticas e Jurídicas), realiza, no próximo dia 27/03, o 4º Encontro das Mulheres do Agronegócio, com foco em liderança feminina no setor. O objetivo do encontro é proporcionar às mulheres um espaço de troca de experiências a partir de cases de Mulheres que ocupam posições de liderança em suas respectivas áreas.

Com inscrições gratuitas, o evento contará com quatro painéis especiais sobre liderança de mulheres no agronegócio. O primeiro deles, com o tema “Liderança que inspira”, será ministrado por Teka Vendramini, Diretora do Departamento de Pecuária da Sociedade Rural Brasileira, a primeira mulher a integrar a Diretoria da entidade.

O segundo painel, com o tema “Mentoring: ferramenta de aprimoramento de lideranças femininas” terá à frente à advogada Ticiane Figueiredo, co-fundadora do Agro Carreira e idealizadora do encontro. “Lugar de mulher é em todo lugar, inclusive na liderança. Somos capazes de exercer uma profissão ‘tradicionalmente masculina’ com a mesma capacidade que a sociedade julga que um homem tenha e vice-versa. Queremos que os homens estejam abertos a desconstruir determinados preconceitos com relação às mulheres. No dia em que eles fizerem isso, irão se surpreender”, afirma Figueiredo, contando ainda que o evento não é exclusivo para mulheres. “Os homens são muito bem-vindos também”, diz.

As mulheres que atuam nas mais diversas áreas do agronegócio também terão conhecimentos, durante o Workshop, a respeito do tema “Arbitragem Internacional e Liderança Feminina na Advocacia”, tema do terceiro painel com uma palestra em inglês de Rebecca Armstrong, Diretora Jurídica do escritório de advocacia britânico Clyde&CoLLP. Para fechar o evento, o quarto painel destaca a “Inovação no Agronegócio”, com a CEO da Agrosmart, Mariana Vasconcelos, referência na América Latina em inovação no agronegócio.

Serviço:

4º Encontro das Mulheres do Agronegócio

Data: 27/03/19

Horário: 8h às 12h30

Local: Espaço Fit Eventos – R. Peixoto Gomide, 282 – Cerqueira César – São Paulo

Inscrições: https://ipojur.com.br/class/4o-encontro-do-nucleo-sao-paulo-das-mulheres-do-agronegocio/

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Profissionais do século XXI precisam pensar diferente

por Marília Cardoso*

“O que te trouxe aqui, não te levará até lá”. A célebre frase do coach norte-americano Marshall Goldsmith, que dá título a seu livro, sua como uma espécie de mantra que precisa ser recitado diariamente por todos os profissionais do século XXI. Contudo, a grande maioria parece preferir ignorar que as velhas receitas não têm mais surtido os mesmos efeitos. Estamos vivendo o século XXI com a mesma mentalidade do século XX.

Para entender melhor a necessidade latente de mudar a forma como pensamos, cabe refletirmos um pouco sobre a história da humanidade. A sociedade se organizou em grupos, trocando mercadorias que eram cultivadas por suas próprias famílias. Na era agrícola, que esteve vigente até 1750, tínhamos comunidades agrárias, que usava a terra como forma de sustento. Mais para o fim dessa era, foram criadas pequenas máquinas, onde o produtor possuía os meios de produção. Os artesãos conheciam todo o ciclo: da compra da matéria-prima até a venda. As famílias produziam juntas e as tradições eram transmitidas de geração para geração.

Logo após esse período, em torno de 1750, a humanidade viveu a chamada Revolução Industrial, dando sequência a uma nova era. Com o desenvolvimento da energia elétrica e das máquinas à vapor, tivemos a segmentação do trabalho e a larga escala. Cada trabalhador passou a fazer apenas uma parte do processo, não tendo conhecimento do todo. Dessa forma, era necessário desenvolver um raciocínio linear, segmentado, repetitivo e previsível. Quem apertasse o maior número de parafusos no menor período de tempo, seria eleito o melhor funcionário da fábrica.

Com o avanço das tecnologias, na década de 1990, entramos na era digital, ou era da informação. As distâncias diminuíram e vimos o mundo se globalizar. Muitas profissões deixaram de existir e outras foram criadas. Tivemos acesso ao trabalho remoto e compartilhado, onde o escritório pode ser em qualquer lugar. O raciocínio passou a ser não-linear, conectado, multidisciplinar e imprevisível. Passamos a viver múltiplas experiências simultâneas, recebendo informações de vários canais de forma instantânea. Novos modelos de negócios surgiram e vimos o nosso cotidiano se modificar drasticamente.

Apesar das imensas transformações que já duram quase três décadas e mostram que a mudança e a liquidez são a nova constante, algo parece continuar intacto em todo esse processo. Por mais incrível que pareça, continuamos com o mesmo pensamento linear, segmentado, repetitivo e previsível que aprendemos na era industrial. Muito dessa questão deve-se ao fato de que, embora a nossa rotina tenha se transformado tanto, a nossa forma de aprender se manteve praticamente intacta.

Em pleno século XXI, nossas crianças ainda vão para as escolas uniformizadas, são classificadas por idade e não por aptidões e interesses, ouvem um alarme para sinalizar o horário da entrada, do intervalo ou da saída. Tudo perfeitamente preparado para que elas saiam dali e estejam aptas a trabalhar em uma fábrica. As escolas surgiram na era industrial justamente para facilitar esse trabalho massificado e escalável. Quanto mais “dentro da caixa” uma pessoa estivesse, mais lucro traria para o dono da fábrica.

O fato é que hoje o mundo não funciona mais desse jeito. O setor de serviços só cresce. As novas tecnologias estão possibilitando a criação de negócios que seriam impossíveis em outros tempos. Sendo assim, fazer carreira em uma fábrica não é mais a única opção para um profissional. Existe um universo de possibilidades e, por mais que muitos temam que os robôs roubem nossos empregos, creio que eles vão apenas criar novas oportunidades de trabalho.

Agora, estamos entrando em uma nova era, a chamada GNR (Genética, Nanotecnologia e Robótica). Vamos ver cada vez mais novidades que vão impactar a nossa saúde, o nosso trabalho, as nossas relações sociais e o nosso jeito de viver. E, acredite, isso é muito bom! Quem teme um universo de escassez, onde a inteligência artificial dominará o mundo, está pensando de forma linear, com um olhar para o passado e não para o futuro. Sair da zona de conforto incomoda, dói, dá trabalho. Mas, se pensarmos bem, vamos ver que a humanidade só progrediu até hoje. As máquinas aliviaram o trabalho do homem e possibilitaram um mundo de descobertas.

Não imagino que pessoas que tinham como trabalho ascender lampiões no século XVII, tenham morrido de fome quando foi inventada a lâmpada, por Thomas Edison. O mesmo não deve ter acontecido com os cocheiros quando houve a substituição das charretes pelos automóveis. O que dizer então dos ascensoristas, que até pouco tempo atrás passavam a vida subindo e descendo de elevador entre os andares de um prédio? Por mais digna que todas essas profissões tenham sido, hoje elas não são mais necessárias. Muitas outras foram criadas. Tenha em mente que todo trabalho que a máquina faz melhor que o humano, é um trabalho desumano.

Estamos vivendo a era do propósito. O sentido do trabalho vai muito além de pagar as contas. Aliás, a vida como um todo precisa de sentidos mais profundos. Não tem muita lógica vivermos 60, 70, 80 anos trabalhando para pagar boletos e fazendo dietas para emagrecer. Precisamos ir em busca de significados e prazeres que vão muito além de estar em dia com as contas e a balança. Queremos construir uma história. Queremos ser protagonistas e não meros coadjuvantes. Queremos criar e não apenas consumir.

Nesse sentido, precisamos repensar nossas vidas e nossas carreiras. Mas, se fizermos isso usando a mesma cartilha que tivemos até aqui, entraremos em desespero e sofrimento, receosos pelo futuro. Como disse Goldsmith, o que nos trouxe até aqui não será suficiente para nos levar adiante. É hora de agradecer ao passado, aproveitar o que faz sentido e recomeçar. Estamos entrando em um momento onde é necessário divergir para convergir. Descontruir para reconstruir. Pode parecer estranho e muito desconfortável no começo, e de fato é mesmo, mas com o tempo isso se tornará um hábito. Logo, você estará pensando de uma forma diferente, muito mais coerente com os dias atuais.

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Carl Jung, um dos maiores psiquiatras da história, disse que “todos nós nascemos originais e morremos cópias”. Quando crianças, somos espontâneos, inocentes e não nos preocupamos com as convenções sociais. Somos criativos, leves, fluidos. Mas, nossos pais logo tratam de nos moldar, impondo regras e ensinando boas maneiras. Depois, vamos para as escolas e o trabalho de formatação em caixas sólidas, rígidas e inflexíveis é concluído com maestria. Quando recebemos nossos diplomas, nos sentimos prontos para o mundo. Só que esse mundo simplesmente já não existe mais.

Num contexto em que a tecnologia terá ainda mais aplicações, eliminando o trabalho do homem, teremos que nos superar, sendo muito melhores naquilo que eles jamais conseguirão fazer. O Diretor do departamento de Educação e Competências em Educação da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Andreas Schleicher, diz que “a escola tem de conseguir produzir humanos de primeira, não pode continuar a originar robôs de segunda”.

Aquele velho dilema dos alunos decorarem dezenas de fórmulas, sem saber o verdadeiro sentido de suas aplicações, parece finalmente estar sendo questionado. Avaliações que levam em consideração apenas o erro e o acerto, deixando de lado conceitos como a estratégia, o esforço e o progresso de cada estudante começam a perder lugar. Uma educação focada em preparar pessoas para o vestibular e não para a vida, não faz mais o menor sentido na era GNR.

O século XXI requer o desenvolvimento das competências comportamentais, sociais e principalmente emocionais. Precisamos criar seres originais, inventivos, criativos e autênticos. Chega de retroalimentar aquele velho ciclo de trabalhar mais do que deve, para comprar o que não precisa, com um dinheiro que não tem, a fim de impressionar quem a gente nem gosta. É hora de recriar a nossa existência. Para isso, precisamos, antes de mais nada, buscar novas formas de pensar, projetadas para o futuro e não para o passado. Andar para a frente olhando apenas o retrovisor certamente não vai nos levar “até lá”.

*Jornalista, com pós-graduação em comunicação empresarial e MBA em Marketing. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, consultora e professora de inovação. Ama aprender e é adepta do Growth Mindset.